11.1.07

'Calou-se o sino, o que chega a mim agora é o eco das flores’ Bashô

Por detrás dos montes

INTEN(TA)ÇÕES
Andar à procura e não sair do mesmo sítio.
Procurar parar e saber ficar.
Uma só cor.
Um gesto, um objecto, um pano, uma música.
O "desorizonte."
Um olhar a tra-ce-ja-do.
Agora vejo-te, agora não.
Esvaziar, começar cheio e acabar vazio.
Contrastar.
Olhar de esguelha, desaprender e transformar.
Trabalhar o invisivel, o que fica por dizer, o vazio, o silêncio.
Procurar nos intervalos, nos avessos, nos defeitos.
Recuperar actualizando.
Não concretizar.

Marta Carreiras (ESPAÇO CÉNICO E FIGURINOS)


16 Comments:

Anonymous Anónimo said...

É preciso ter muita imaginação para ver seja o que for neste espectáculo. Há uma comunicação sensorial aleatória, um não chegar a lado nenhum, uma procura sem encontrar, um mostrar sem mostrar, um vazio total onde, no fim, só fica a música que se revela ser narcisica em relação ao resto do espectáculo. porquê este desequilibrio entre músico e actores? porque os actores não brilham em detrimento da música?
Nem sequer dá para reter o bom cenário e figurinos ou as boas luzes ou marionetas.
E como o espectáculo não quer dizer nada, apenas transmitir sensações, quem não goste fica a sentir-se insensivel...
Eu não gostei nada, ao contrário de outros espectáculos do meridional que gostei bastante.
Para um espectáculo que nasceu de improvizações a corrida ao protagonismo por qualquer elemento não abona a favor do geral. O grupo não se sentiu. Apenas a disciplina e precisão.

janeiro 15, 2007  
Blogger confissão das artes said...

Esta foi mais uma viagem do projecto "províncias" do meridional...
Uma procura legítima das nossas "identidades" que não tem que levar a um fim perfeitamente desenhado.
Um espectáculo diferente que passa pela utilização de outras formas de comunicação, para além da palavra, e pela música "construída" ao vivo.
Talvez necessitemos de que o dia-a-dia desperte mais a nossa imaginação, e ao descolarmos dos formatos conhecidos de comunicar, consigamos apenas sentir e absorver o que os nossos sentidos simplesmente quiserem.
Correr o risco de sentir algo diferente pode tornar-se numa verdadeira viagem interior.

obrigada pelo teu comentário. pelo menos o espectáculo já nos pôs a comunicar...... talvez queira dizer alguma coisa.

janeiro 16, 2007  
Anonymous Anónimo said...

bela merdionalice.
Foi o pior espectáculo do meridional. O único em que apanhei seca.
Minimal repetitivo.

janeiro 18, 2007  
Anonymous Anónimo said...

enfim... não sejam freaks!
se não gostam de merdionalices recomendo-vos a verem a última peça da Companhia de Teatro do Chapitô - Medeia.

Mesmo que não gostem não faz mal, não passa de uma tragédia ah ah ah, assim como os vossos comentários (excepto o da bloggista - que sensacional blog este hã?)

vou almoçar...

janeiro 18, 2007  
Anonymous Anónimo said...

eu já vi as duas e gostei de ambas. numa ri, na outra sorri.

janeiro 18, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Porque é que o hugo me chama freak? sou anónimo! e não tenho nada a ver com o outro gajo...

E porque é que me manda ver palhaçadas?

Não gosto nem de freaks, nem de palhaços. Cheiram mal.

confissão das artes escreve:
"Talvez necessitemos de que o dia-a-dia desperte mais a nossa imaginação, e ao descolarmos dos formatos conhecidos de comunicar, consigamos apenas sentir e absorver o que os nossos sentidos simplesmente quiserem.
Correr o risco de sentir algo diferente pode tornar-se numa verdadeira viagem interior. "

onde é que este formato é desconhecido (de comunicar)?


absorver o que os meus sentidos quiserem é o que eu faço 24 horas por dia.

correr o risco de sentir algo diferente? Não será pretencioso acharmo-nos tão diferentes e especiais. Viagem interior? isso acontece com tudo. Daqui a pouco estão-me a dizer que mudam a minha forma de pensar e me iluminam o caminho...

Eu não sou estúpido. percebo qual é a opção. Não gosto. Prefiro ouvir boa música, paisagens bonitas, comida e cheiros...

Se o objecto é apenas sensorial, eu escolho outras coisas que me propiciam viagens interiores bem mais interessantes.

janeiro 18, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Somos todos diferentes. Somos todos iguais. Ser-se pretencioso é, para mim (sublinho), negar à partida algo que se desconhece. Os preconceitos podem ser falaciosos.
Contudo, até à data, ainda possuímos liberdade de expressão e de escolha.
Podemos simplesmente tentar compreender o outro... Esse sim o grande desafio. Partilha-se uma opinião para mudar a forma de pensar ou para existir um enriquecimento entre as pessoas?
Boas escolhas, num dia solarengo!

janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Então os ateus são todos preconceituosos...
Quer dizer que se eu beber algo que não gosto, devo continuar a beber até gostar para tentar compreender o outro que gosta?
Não se pode não gostar e evocar as razões do desgostar? Somos todos carneirinhos? Ou os outros são estúpidos e preconceituosos quando não gostam do que eu gosto.

"Aquele que tem conhecimento é humilde enquanto o que não tem é orgulhoso" Leonardo da Vinci

janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe. (Epíteto)

janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

"Aqueles que citam outros são papagaios e não pensam pela própria cabeça"
Anónimo

janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Eu sei muito pouco de teatro e estou sempre disponivel para aprender.
Por isso expliquem-me o que é que eu acho que já sei.

Onde é que o não gostar de um espectáculo significa ser freak, insensivel, inculto, orgulhoso ou outra coisa qualquer?

janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Fui ver o espectáculo ontem com uma amiga. Somos as duas de trás-os-montes. Eu gostei, ela não. Procurava então algum site que falasse sobre o espectáculo e encontrei este. Achei bastante pertinentes os comentários e consigo entender os argumentos do(s) anónimo(s) pois a discussão ontem tocou nestes aspectos. Acho que é bom que as obras não sejam consensuais e que uns gostem e outros não. Não entendo como é que se pode recriminar alguém por não gostar de um espectáculo... Já nos aconteceu a todos. Ainda por cima quando os argumentos não são gratuitos.
Eu também me emociono mais a cheirar, a ver e a ouvir trás-os-montes do que a assistir a este espectáculo, mas achei muito honesta a proposta apesar de que estava à espera de mais.

janeiro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Concordo contigo Anabela.
O que nos enriquece são as nossas diferenças.
Belas confissões neste blog...

janeiro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Fui ver no Sábado. Saí de lá sem saber se gostei ou não. Não me desiludiu nem me encheu as medidas. Também concordo com o desnível da música em relação aos actores mas não me chocou. Achei um bocadinho Pastilha Elástica: ao inicio tem sabor depois fica-se para ali a mastigar em seco. Ou a chover no molhado...

janeiro 22, 2007  
Anonymous Anónimo said...

eu gostei bastante. é muito bonito.

janeiro 27, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Eu fui sexta. Não gostei nada.
Achei bonito mas despido de conteúdo. As avulosas "mensagens" sensoriais vão-nos guiando mas não nos levam a lado nenhum.
No fim... fica o belo trabalho musical e um ou dois momentos bem conseguidos.
Ao contrário do Espectáculo "À manhã" que me deixou rendida.

janeiro 29, 2007  

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