6.11.06

É meu e teu, este desencontro…


Numa linha da vida cruzámo-nos quando te puxei. Chegaste a tocar no meu caminho, leste-me... Mesmo que te afastes, este é o nosso (des)encontro.
Mais meu, do que teu, porque sinto mais forte. Não é isso que interessa.
Questiono-me onde terão sido postos os pozinhos de magia da Sininho. Precisava tanto. A magia e o mistério são amantes.
Sou pisada novamente pela vida. E sei que me vou levantar. Tenho sorrisos à minha volta. Tenho um sininho de sorriso. O do amor foi agora, neste preciso momento, ajudar alguém mais necessitado. Foi feita justiça social. Tomara que assim seja. Go with the flow….
Encontros, desencontros, sorrisos, lágrimas… É isto que compõe um quadro. Distorcidos com a nossa forma de ser, acentuados, esticados, sentidos até ao tutano. Compõe o tornado surreal e sentimental que somos. É isto que remexe a cor de uma fotografia a preto e branco.
Estás um passo ao lado. Nem te apercebes desta beleza. Ou será que te apercebes? Chega a dar vontade de esboçar a estrutura musical de uma bela gargalhada. Estou para além da vibração das palavras, mas ainda preciso dela. Já está outra vez sem a força necessária. Eu escolho mal, sempre fui uma caminhante disléxica. Também não existe a palavra que quero! Mais do que as palavras valem as acções. Até quando? Que confusão.
Ouvimos a mesma música, falamos a mesma linguagem. Jogaste-me um amortie. Corri atrás do sentimento e perdi-me na contagem. Patética. Sou patética. Vendo a minha patetice sem estima e sem pó de tijolo. Não escrevo mais… Sinto-me ridícula por não estar a explicar. Fala comigo. Passo o campo à espera de um novo encontro.
E se não houver outro contigo?....

margarida