10.2.06

O pónei que comeu pipocas de morango

Esta história poderia começar como tantas outras.
“Era uma vez uma menina que foi ao circo patatipatata”.
Deixando de lado devaneios que não interessam a ninguém, nem mesmo a mim, começo a enternecedora deambulação pelas minhas memórias do circo.
Não tinha muito mais que cinco anos (informação confirmada com os meus pais) quando entrei num “balão” gigante que tinha aparecido perto da minha casa. Era estranho este “balão”, pensava eu, porque tinha de estar muito amarrado ao chão, com imensas cordas, para não começar a voar como os outros.
Entrei expectante no balão… Já tinha nas mãos um pacote de pipocas vermelhas, que o meu irmão me tinha dado (obrigada!!!). O espectáculo ia começar e eu não sabia por onde começar a olhar.
Sentia-me uma formiguinha meia tonta (será que também entrava no espectáculo?) daquelas que se desviam do carreiro. As cores invadiram os meus olhos, os palhaços conquistaram o meu riso estapafúrdio, senti arrepios e fiquei boquiaberta com os aplausos merecidos.
Guardei as pipocas no bolso. Precisava agora das minhas próprias mãos para agarrar as rédeas do pequeno grande cavalo que estava ao meu lado. Cavalguei imenso e mais tonta fiquei. Como agradecimento de ter sido amparada para tal aventura, ofereci, com todo o meu coração, uma pipoca a este cavalo de mil cores.
margarida